Portugues Para Todos
domingo, 6 de novembro de 2011
Na vida da escritora Ana Maria Machado, os números são sempre generosos. São 40 anos de carreira, mais de 100 livros publicados no Brasil e em mais de 18 países somando mais de dezoito milhões de exemplares vendidos. Os prêmios conquistados ao longo da carreira de escritora também são muitos, tantos que ela já perdeu a conta. Tudo impressiona na vida dessa carioca nascida em Santa Tereza, em pleno dia 24 de dezembro. Vivendo atualmente no Rio de Janeiro, Ana começou a carreira como pintora. Estudou no Museu de Arte Moderna e fez exposições individuais e coletivas, enquanto fazia faculdade de Letras na Universidade Federal (depois de desistir do curso de Geografia). O objetivo era ser pintora mesmo, mas depois de doze anos às voltas com tintas e telas, resolveu que era hora de parar. Optou por privilegiar as palavras, apesar de continuar pintando até hoje. Afastada profissionalmente da pintura, Ana passou a trabalhar como professora em colégios e faculdades, escreveu artigos para revistas e traduziu textos. Já tinha começado a ditadura, e ela resistia participando de reuniões e manifestações. No final do ano de 1969, depois de ser presa e ter diversos amigos também detidos, Ana deixou o Brasil e partiu para o exílio. A situação política se mostrou insustentável. Na bagagem para a Europa, levava cópias de algumas histórias infantis que estava escrevendo, a convite da revista Recreio. Lutando para sobreviver com seu filho Rodrigo ainda pequeno, trabalhou como jornalista na revista Elle em Paris e na BBC de Londres, além de se tornar professora na Sorbonne. Nesse período, ela consegue participar de um seleto grupo de estudantes cujo mestre era Roland Barthes, e termina sua tese de doutorado em Linguística e Semiologia sob a sua orientação. A tese resultou no livro "Recado do Nome", que trata da obra de Guimarães Rosa. Mesmo ocupada, Ana não parou de escrever as histórias infantis que vendia para a Editora Abril. A volta ao Brasil veio no final de 1972, quando começou a trabalhar no Jornal do Brasil e na Rádio JB - ela foi chefe do setor de Radiojornalismo dessa rádio durante sete anos. Em 76, as histórias antes publicadas em revstas passaram a sair em livros. E Ana ganhou o prêmio João de Barro por ter escrito o livro "História Meio ao Contrário", em 1977. O sucesso foi imenso, gerando muitos livros e prêmios em seguida. Dois anos depois, ela abriu a Livraria Malasartes com a idéia de ser um espaço para as crianças poderem ler e encontrar bons livros. O jornalismo foi abandonado no ano de 1980, para que a partir de então Ana pudesse se dedicar ao que mais gosta: escrever seus livros, tantos os voltados para adultos como os infantis. E assim foi feito, e com tamanho sucesso que em 1993 ela se tornou hors-concours dos prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Finalmente, a coroação. Em 2000, Ana ganhou o prêmio Hans Christian Andersen, considerado o prêmio Nobel da literatura infantil mundial. E em 2001, a Academia Brasileira de Letras lhe deu o maior prêmio literário nacional, o Machado de Assis, pelo conjunto da obra. Em 2003, Ana Maria foi eleita para ocupar a cadeira número 1 da Academia Brasileira de Letras, substituindo o Dr. Evandro Lins e Silva. Pela primeira vez, um autor com uma obra significativa para o público infantil havia sido escolhido para a Academia. A posse aconteceu no dia 29 de agosto de 2003, quando Ana foi recebida pelo acadêmico Tarcísio Padilha e fez uma linda e afetuosa homenagem ao seu antecessor.
sábado, 15 de outubro de 2011
Nasceu no Rio de Janeiro em 1950. Graduou-se em Literatura e Língua Francesa em 1973 (Universidade de Nancy/ Aliança Francesa).
Publicou seu primeiro livro infantil em 1980 (Fardo de Carinho, ed. Murinho, R.J). Em 2011 tem mais de 60 livros publicados. Tem dois livros traduzidos no México (Casas, ed. Formato e Três Velhinhas tão velhinhas, ed. Miguilim/ Ibeppe) . Seus poemas estão em antologias na Espanha. Tem poemas traduzidos em seis línguas.
Recebeu o Prêmio O Melhor de Poesia da FNLIJ nos anos 1986 (Fruta no Ponto, ed. FTD), 1994 (Tantos Medos e Outras Coragens, ed. FTD) e 1997 (Receitas de Olhar, ed. FTD).
Recebeu o Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte em 1990 para o livro Artes e Ofícios, ed. FTD, S.P.
Entrou para a Lista de Honra do I.B.B.Y em 1994 com o livro Tantos Medos e Outras Coragens tendo recebido seu diploma em Sevilha, Espanha.
Recebeu o Prêmio Academia Brasileira de Letras em 2002 para o livro Jardins ed. Manati, R.J como o melhor livro infantil do ano.
Participou ao longo destes anos de vários projetos de leitura. Implantou em Saquarema, em 2003, junto com a Secretaria Municipal de Educação, o Projeto Saquarema, Uma Onda de Leitura.
domingo, 25 de setembro de 2011
BIOGRAFIA DE LEO CUNHA
1966 - Nasci em Bocaiúva (MG) em 5 de junho, filho de pai médico e mãe professora universitária.
1969 - Mudei com a família para Belo Horizonte, onde moro desde então.
1971 a 1976 - Cursei o jardim e o grupo (como era chamado o ensino até a 4a. série) no Instituto de
Educação de BH. Gostava muito de fazer composições (como eram chamadas as redações, aliás,
produções de texto)
1977 a 1983 - Cursei o ginásio e o científico (como era chamado o ensino da 5a. série do primeiro
grau até o 3o. ano do segundo grau) no Colégio Pitágoras da Pampulha.
1984 - Terminado o 2. grau, não fiz o vestibular (como era chamado o Processo Seletivo para a
Universidade). Fui morar um ano no Texas, como intercambista
1985 a 1987 - Cursei Economia, mas tive o bom senso de largar o curso pela metade.
1988 - Entrei para a Católica (como era chamada a PUC-MG), onde cursei Jornalismo (completado
em 91) e Publicidade (completado em 93)
1990 - Comecei a namorar (como era chamado o ficar) com a Valéria, minha colega de PUC, com
quem me casei em 1996.
1991 - Meu primeiro texto infantil foi publicado, na revista Alegria (atual Recreio): "Em boca fechada
não entra estrela", que depois virou livro e audio-livro.
1992 - Ganhei meus primeiros concursos literários (sobre prêmios e menções, leia a seção
"Prêmios")
1993 - Lancei meu primeiro livro, "Pela Estrada Afora" (sobre meus livros, leia as seções
"Livro a Livro" e "Todos os livros")
1994 - Comecei minha Especialização em Literatura Infantil e Juvenil, na PUC, concluída em
96.
1996 - Comecei meu Mestrado na Faculdade de Biblioteconomia (como era chamada a Faculdade
de Ciência da Informação), na UFMG. Concluí o mestrado em 1999.
1997 - Comecei a dar aula na FAFI-BH (como era chamado o atual UNI-BH), onde leciono até hoje,
no curso de Jornalismo.
2000 - Nasceu minha filha Sofia, no dia 03 de janeiro. Quase foi a "bebê do milênio" (como seria
chamada a primeira criança a nascer no ano 2000).
2003- Assisti ao seu Cruzeiro ganhar a Tríplice Coroa (como foram chamados os campeonatos
mineiro, da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro).
2008 - Nasceu meu filho André, no dia 20 de setembro.
2010 - Pela primeira vez criei um livro "de cabo a rabo" (texto, imagens, planejamento visual): "Vendo
Poesia".
2011 - Concluí meu Doutorado em Cinema, na UFMG.
Fonte : http://www.leocunha.jex.com.br e http://www.leocunha.jex.com.br/todos+os+livros
- Escritores que o influenciou“Mesmo os vários autores que não influenciaram meu estilo ou temática, me influenciaram no sentido de eu ler e saber: olha, isso se pode fazer. Aí entra todo mundo, entra Ruth Rocha, entra Ana Maria Machado, entra Fernanda Lopes de Almeida, entra Joel Rufino, Orígenes Lessa, Ziraldo, essa turma toda... “
- *Principais obras*Pela estrada afora*O menino que não mascava chiclê* Na marca do pênalti*Poemas lambuzados* O macarrão espantado.*Manual de desculpas esfarrapadas* Nas páginas do tempo
- Curiosidades
- Foi um dos vencedores do projeto Rumos 2009/2010, na categoria Jornalismo Cultural.
- Prêmio de Autor Revelação da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNILJ) - 1993.
- Prêmio de Autor Revelação em Literatura Infantil da Câmara Brasileira do Livro (CBL) - 1993
- Autor selecionado para o Catálogo da FNLIJ - "O livro para crianças no Brasil" - Feira de Frankfurt - 1994 (veja a foto)
- Autor selecionado para o Catálogo da FNLIJ - Congresso do IBBY, Cartagena - 2000
quinta-feira, 26 de maio de 2011
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Frei Betto
Carlos Alberto Libânio Christo nasceu no ano de 1944, em Belo Horizonte, MG, Filho de um cronista do jornal Estado de Minas e de uma autora de livros sobre culinária, manifestou desde cedo a vocação para a escrita. Em 1965, entrou para o convento dos dominicanos, onde se tornou frade. Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia.
Como jornalista, atuou na Revista Realidade e no jornal Folha da Tarde desafiando a censura do regime militar. Foi preso político de 1969 até 1973.
Foi a partir de um livro publicado nesse período que ganhou renome nacional e internacional. Com o livro Batismo de sangue, de 1983, ganhou o Jabuti, principal prêmio literário do Brasil.
Assessor da Pastoral Operária e de movimentos populares, colabora com vários jornais e revistas.
Algumas obras já publicadas: Castas da prisão, 1974; O fermento na massa, 1981; O dia de Ângelo, 1987; Essa escola chamada vida, 1988 (em parceria com Paulo Freire e Ricardo Kotscho); A menina e o Alfabetto, autobiografia escolar, 2002.
João Guimarães Rosa
João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo (MG) a 27 de junho de 1908 e era o primeiro dos seis filhos de D. Francisca (Chiquitinha) Guimarães Rosa e de Florduardo Pinto Rosa, mais conhecido por "seu Fulô" comerciante, juiz-de-paz, caçador de onças e contador de estórias.
Joãozito, como era chamado, com menos de 7 anos começou a estudar francês sozinho, por conta própria. Somente com a chegada do Frei Canísio Zoetmulder, frade franciscano holandês, em março de 1917, pode iniciar-se no holandês e prosseguir os estudos de francês, agora sob a supervisão daquele frade.
Terminou o curso primário no Grupo Escolar Afonso Pena; em Belo Horizonte, para onde se mudara, antes dos 9 anos, para morar com os avós. Em Cordisburgo fora aluno da Escola Mestre Candinho. Iniciou o curso secundário no Colégio Santo Antônio, em São João del Rei, onde permaneceu por pouco tempo, em regime de internato, visto não ter conseguido adaptar-se — não suportava a comida.
Em 1925, matricula-se na então denominada Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais, com apenas 16 anos. Segundo um colega de turma, Dr. Ismael de Faria, no velório de um estudante vitimado pela febre amarela, em 1926, teria Guimarães Rosa dito a famosa frase: "As pessoas não morrem, ficam encantadas", que seria repetida 41 anos depois por ocasião de sua posse na Academia Brasileira de Letras.